segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Fauvismo

Fauvismo é o nome dado à tendência estética na pintura que buscou explorar ao máximo a expressividade das cores na representação pictórica.
     O fauvismo teve origem no final do Século 19, ao contar com precursores como Paul Gauguin e Vincent Van Gogh.
     O estilo destes dois artistas, que trabalharam juntos no mesmo ateliê, guardava semelhanças e foi imitado pelos chamados fauvistas principalmente  no uso exacerbado das cores agressivas e a representação plana, que imprimia grande teor dramático à representação pictórica.
     A tendência fauvista não só revolucionou o uso das cores na pintura moderna como foi uma das origens dos posteriores movimentos de ruptura estética nas artes plásticas.
     O termo “fauvismo”, na verdade, teve origem a partir das observações corrosivas do crítico de arte Louis Vauxcelles após ter visitado uma mostra de pinturas de vários artistas, entre eles Henry Matisse. Vauxcelles utilizou a expressão “Les Fauves” ao se referir aos artistas.
     O uso pejorativo da expressão, que pode significar “os animais selvagens”, prevaleceu nas críticas imediatamente posteriores.
     Apesar da negação do rótulo e dos protestos pelos artistas integrados à nova tendência, que não chegaram a lançar nenhum manifesto teórico de afirmação e nomeação da sua linha estética, o termo “fauvismo” acabou permanecendo, talvez indevidamente, nos estudos da história da arte.
     Tendo curto período de existência, o que caracterizaria os movimentos vanguardistas posteriores, o “fauvismo” reuniu sob a liderança de Matisse pintores como Georges Braque, Andre Derain, Georges Roualt, Kees van Dongen e Raoul Dufy.
BRAQUE (Georges), pintor francês (Argenteuil, 1882 - Paris, 1963). Iniciador do cubismo, com Picasso, é autor de naturezas-mortas.
DERAIN (André), pintor francês (Chatou, 1880 – Garches, 1954). Um dos principais representantes do fauvismo.
DUFY (Raoul), pintor, gravador e decorador francês (Le Havre, 1877 – Forcalquier, 1953). Impressionista a princípio, mais tarde influenciado por Toulouse-Lautrec, e pelo fauvismo, destacou-se também como gravador (Bestiário) e em trabalhos de tapeçaria (Caçador). Distinguiu-se sobretudo com A fada Eletricidade, vasta decoração para o pavilhão da Eletricidade, na Exposição Internacional de 1937 (Paris).