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ficha de redação - modelo
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO
                 E. E. ESMERALDO SOARES TARQUÍNIO DE CAMPOS FILHO

Nome:  ________________________________________________________________________no_______      série:_____  
Data: ___/___/___              Nota final:_____________________________
Professora Responsável: Luciana Franco
Atividades de Produção Textual
       


     Aspectos verificados durante a correção:

I – Compreensão e Desenvolvimento do tema
1
2
3
4
5
II – Organização das estruturas textuais
1
2
3
4
5
III – Coesão e Coerência
1
2
3
4
5
IV – Aspectos linguísticos e gramaticais
1
2
3
4
5
V – Proposta de Intervenção
1
2
3
4
5







Legenda:  Insuficiente / 2. Regular / 3. Bom / 4. Muito bom / 5.  Excelente
                                   

























Observações:__________________________________________________________________________________
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Fevereiro/2011

Simulado - Saresp




AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE LÍNGUA PORTUGUESA

Instruções: Para responder às questões de números 1 a 6, leia o texto abaixo.

Herói da Língua
Vocês se lembram do meu amigo Toninho Vernáculo. Já falei dele uma vez, contei histórias da mania que tem de corrigir erros de português. Daí o apelido. Cansei de falar: deixa, Toninho, esta língua é complicada mesmo, até autor consagrado escreve com dicionários e gramáticas à mão.
- Pelo menos eles têm a humildade de consultar os mestres antes de dar a público o que
escrevem – respondia o Toninho na sua linguagem em roupa de domingo.
Lembram-se dele? Quando encontra erros de português no seu caminho, telefona para os responsáveis, exige correções em nome da língua pátria e da educação pública. Coisas assim:
- A placa do seu estabelecimento é um atentado contra a língua, induz as pessoas a achar que o errado é o certo, espalha a confusão. Ultimamente andava se controlando, me telefonava muito menos do que antes, relatando atentados mais graves contra a boa linguagem, praticados por quitandeiros, padeiros, donos de restaurantes, prestadores de serviços em geral – e pasmem: até pela prefeitura (em nomes de ruas), por publicitários, jornais.
Dom Quixote da gramática, Toninho não se dava descanso. (...) Quixoteava lições, fosse qual fosse o interlocutor:
- Não é "fluído" que se diz, é fluido, com a tônica no u. "Fluído" é verbo, é particípio verbal, não pode ser uma coisa. "Gratuíto" não existe, é gratuito que se diz, som mais forte no u. Homem não diz "obrigada", isso é coisa de menino criado entre mulheres; menino fala "obrigado". (...) Bom, um dia desses, telefonaram-me de madrugada: Toninho havia sido preso como pichador de rua. Quê,um homem de 70 anos? Havia algum engano, com certeza. Fomos para a delegacia, uma trinca de amigos.
Engano havia e não havia. Nosso amigo fora realmente flagrado pela polícia com spray e
latinha de tinta com pincel, atuando na fachada de uma casa comercial do bairro onde mora. Explicou-se: estava corrigindo os erros de português dos pichadores! Começamos os esforços para livrá-lo da multa e da denúncia, explicamos ao delegado que o ocorrido era fruto de uma mania dele, loucura leve. Por que penalizá-lo por coisa tão pouca? Não ia acontecer de novo. Aí o delegado explicou qual era a bronca.
O Toninho havia pedido para ler seu depoimento, datilografado pelo escrivão, e começou a apontar erros de português no texto do funcionário. A autoridade tinha a pretensão de ser também autoridade em gramática. Aí melou, "teje" preso por desacato. Com dificuldade, convencemos o escrivão da loucura mansa do nosso amigo, e ele liberou o herói da língua pátria. (Ivan Ângelo Veja São Paulo, ano 40, no 2. 17 de janeiro de 2007. p.130)

1. Toninho Vernáculo, na narrativa, é


(A) personagem principal.
(B) personagem antagonista.
(C) narrador-personagem.
(D) narrador em terceira pessoa.


2. "Por que penalizá-lo por coisa tão pouca?"
Assim como o lo, outras formas são usadas para referir-se a essa mesma pessoa que, no texto,
somente não é chamado de


(A) Toninho Vernáculo.
(B) Dom Quixote da gramática.
(C) amigo.
(D) autoridade.


3. Toninho Vernáculo foi preso porque


(A) se tornou pichador profissional.
(B) desacatou os amigos.
(C) apontou os erros de português do escrivão.
(D) era o Quixote da gramática.


4. A expressão: na sua linguagem em roupa de domingo., significa que Toninho usava


(A) a linguagem de qualquer jeito.
(B) as palavras mais simples.
(C) uma linguagem pouco culta.
(D) a melhor linguagem possível.


5. "Quê, um homem de 70 anos?" Na frase acima, o uso do ponto de interrogação produz um efeito de:


(A) espanto.
(B) dúvida.
(C) pergunta.
(D) constatação.

6. No trecho: Explicou-se: estava corrigindo os erros de português dos pichadores!, há uma certa
dose de


(A) humor.
(B) crítica.
(C) tristeza.
(D) inteligência


Instruções: Para responder às questões de números 7 a 10, leia o poema abaixo.
Iniciação literária
Leituras! Leituras!
Como quem diz: Navios... Sair pelo mundo
voando na capa vermelha de Júlio Verne*.
Mas por que me deram para livro escolar
a Cultura dos Campos, de Assis Brasil?
O mundo é só fosfatos - lotes de 25 hectares
- soja
  • fumo
  • alfafa
  • batata-doce
  • mandioca
  • pastos de cria
  • pastos de engorda.
Se algum dia eu for rei, baixarei um decreto
condenando este Assis a ler sua obra.
(Carlos Drummond de Andrade. Boitempo & A falta que ama. Rio de Janeiro: José Olympio, 2. ed., p. 126)
* Júlio Verne: escritor francês, famoso por seus romances de aventura e fantasia.

7. Ao estabelecer uma relação direta entre Leituras! e Navios..., o poeta está
(A) alertando para os livros cuja leitura nos afasta da nossa vida, desviando-nos do nosso rumo.
(B) criticando os livros de leitura aborrecida e pesada, em que parecemos naufragar.
(C) elogiando os livros que nos fornecem proveitosos roteiros de viagens de turismo.
(D) enaltecendo a propriedade que têm certos livros, quando nos fazem viver grandes
aventuras.

8. No contexto da segunda estrofe do poema, as expressões Mas por que e O mundo é só
acentuam uma relação de
(A) causa e efeito entre ler e viajar.
(B) oposição entre os livros de aventura e um livro técnico.
(C) semelhança entre os autores Júlio Verne e Assis Brasil.
(D) identidade entre livros escolares e livros de ficção científica.

9. A enumeração fosfatos – lotes de 25 hectares soja fumo alfafa – batata-doce – mandioca
pastos de cria pastos de engorda tem, no poema, a função de
(A) desenvolver um argumento favorável à adoção de um livro escolar.
(B) descrever os tópicos de um livro que encantou o eu poético.
(C) indicar assuntos que não podiam interessar a um leitor de aventuras.
(D) demonstrar que mesmo assuntos técnicos podem despertar emoções.

10. Ao fazer a pergunta Mas por que me deram para livro escolar / a cultura dos Campos de Assis
Brasil? O poeta, mais do que formular uma interrogação verdadeira, está buscando expressar
(A) seu estranhamento por lhe indicarem um livro que nada tinha a ver com a escola.
(B) sua frustração por ter que ler um livro cujo assunto sequer é capaz de identificar.
(C) sua indignação por ter que ler um livro que nada tem a ver com os de Júlio Verne.
(D) seu estranhamento por ter que ler livros de ficção numa escola de curso técnico.










REDAÇÃO

Por trás da fumaça
"Conheço os males do cigarro. Mas, hoje em dia, o que não faz algum mal para a
saúde? Não é possível que eu tenha que me privar de tudo para poder chegar aos
80 anos. Prefiro morrer com 50 e ter aproveitado muito bem a vida", diz a carioca Milena
(nome fantasia), 17. Ela fuma regularmente desde os 15 e colocou o primeiro cigarro na
boca aos 12. E não está sozinha. O depoimento dela reflete a maneira de pensar de muitos jovens que vão contra a corrente da geração saúde e que entraram na cortina de fumaça antes de completar a maioridade. É o que comprova um dos estudos mais amplos já feitos no Brasil, cujos dados começam a ser divulgados nesta quarta. Realizada pela equipe da Umidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo, a pesquisa mostra que 20,8% da população brasileira é dependente de tabaco, e a experiência com o cigarro começa aos 13,5 anos."
(ARAÚJO, Tarso. Folha de S.Paulo, Caderno Folhateen, 03/09/2007, p. 4)

O texto acima aborda o problema da dependência química que o cigarro provoca. Reflita sobre esse assunto e redija uma dissertação, apresentando argumentos consistentes para a defesa de um ponto de vista sobre o tema:
�� Seu texto deve ser escrito na modalidade padrão (norma culta) da língua portuguesa.
�� O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.
�� O texto deve ter no mínimo 15 linhas e, no máximo, 20.
�� A redação deve ser desenvolvida na folha própria e apresentada a tinta.
�� O rascunho pode ser em seu caderno.