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31/03/2011 - 17h16 / Atualizada 31/03/2011 - 23h04

USP aprova bônus de até 15% para alunos de escolas públicas na Fuvest

Ana Okada
Em São Paulo


A USP (Universidade de São Paulo) aprovou nesta quinta-feira (31)  um bônus de até 15% para alunos de escolas públicas que prestarem o vestibular da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular). A decisão foi tomada durante reunião do Conselho de Graduação da instituição. O máximo de bônus que o aluno poderia conseguir atualmente era de 12%.

Manifestantes pedem cotas na USP em ato na frente da reitoria


Foto 4 de 7 - Movimentos de cursinhos populares organizaram protesto na USP por cotas no vestibular Mais Rogério Cassimiro/UOL




Para ganhar a bonificação total, o estudante deverá, no segundo ano do ensino médio, prestar o vestibular. De acordo com seu desempenho na primeira fase, ele poderá acumular até 5% de bônus para o ano seguinte. Para conseguir esse percentual, é preciso acertar, pelo menos, 40 das 90 questões da primeira fase da prova da Fuvest.
Se, no ano seguinte, quando estiver realmente prestando a prova para entrar na USP, o estudante conseguir acertar ao menos 60 das 90 questões da primeira fase, poderá receber 10% a mais de bônus. Caso acerte menos, o adicional será proporcional.
Hoje, o máximo de bônus que um aluno pode conseguir é de 12%. Desses, 3% eram “automáticos” e o resto, bonificações dependendo do desempenho do candidato em um teste específico – o Pasusp (Programa de Avaliação Seriada da USP).
Para candidatos que cursaram apenas o ensino médio em escola pública ou que já terminaram os estudos, o Pasusp dará bônus de até 8%.
Com as medidas, a universidade quer tentar aumentar o número de alunos das redes públicas no vestibular –índice que chegou a cair nos últimos anos.
Segundo a pró-reitora de graduação, Telma Zorn, já existe a intenção de ampliar esse novo Pasusp para estudantes do primeiro ano do ensino médio. Para ela essa troca de prova, é "um desafio". Anteriormente os alunos que optassem pelo Pasusp faziam um teste específico com 50 questões de múltipla escolha.
Para ela, a vantagem do novo formato é a aproximação do aluno da rede pública, já no 2º ano do ensino médio, da Fuvest e, consequentemente, da USP. O intuito, de acordo com a pró-reitora, é incluir esse estudante e incentivar a melhora da oferta de ensino gratuito.
O coordenador do programa de avaliação seriada, Mauro Bertotti, completa: "Ou os alunos podem achar a prova mais difícil e desistir no segundo ano ou perceber que precisam estudar mais".

Mudanças no vestibular

O conselho também iria discutir nesta quinta outras mudanças no vestibular –como, por exemplo, a reversão da medida que zerava as notas do candidato da primeira para a segunda fases. No entanto, as decisões foram adiadas porque surgiram muitos questionamentos por parte dos integrantes do Conselho de Graduação. Segundo o professor Roberto Costa, da Fuvest, serão necessárias novas simulações para prever o impacto das mudanças que estavam em discussão.
Hoje, apenas a autenticação das informações prestadas na ficha de inscrição foi aprovada. No entanto, não foram dados detalhes de como isso ocorrerá.
Segundo reportagem da Agência Estado, entre as propostas estava aumentar o grau de dificuldade da Fuvest, porque a USP quer elevar a nota mínima na primeira fase de 22 para 27 pontos - ou 30% das 90 questões de múltipla escolha. Paralelamente, a universidade desejaria alterar outro critério de convocação para a segunda fase, chamando entre dois e três alunos por vaga e não mais três, como ocorre hoje.
Outras alterações cogitadas são a abertura da possibilidade de escolher outra carreira após a terceira chamada e a redução do número de questões do segundo dia da segunda fase.


28-03-2011

DE OLHO NO VESTIBULAR

A IMPORTÂNCIA DOS COMANDOS VERBAIS NOS ENUNCIADOS DAS PROVAS
Para quem pretende fazer o Vestibular, é preciso estar preparado para responder atenciosamente às questões das provas, a maioria delas, cheia de pegadinhas que confundem o vestibulando.


Em alguns casos, as respostas estão bem ali em frente, claras, mas a nossa ansiedade impede que enxerguemos alguns detalhes.
Pensando nisso, a dica agora é sobre os Comandos Verbais.
Os comandos verbais estão nos enunciados e nas proposições das questões das provas. Se você estiver familiarizado com eles, acredite, suas chances de uma prova eficaz aumentam em 100%.

Segue abaixo uma lista de Comandos Verbais mais comuns nas provas.
ANALISAR - decompor por partes para examinar criticamente.
CITAR - exemplificar, mencionar autoridade, fazer referência a algo
COMENTAR - fazer uma série de observações esclarecedoras ou críticas para facilitar a compreensão de um texto, opinar sobre o assunto.
COMPARAR - confrontar para identificar as semelhanças, igualdades ou diferenças.
CORRELACIONAR - estabelecer uma relação mútua que se abre preexistente.
DIFERENCIAR - distinguir, indicar as diferenças.
DISCORRER - falar o que se sabe sobre um tema.
EXPLICAR - apresentar justificativas, tornar clara as razões.
IDENTIFICAR - reconhecer, apontar elementos dentro do assunto.
INTERPRETAR - esclarecer o sentido, compreender o sentido.
JUSTIFICAR - apresentar justificativas, tornar clara as razões.
RELACIONAR - estabelecer a relação por ventura existente (uma causa, consequência, analogia...). Fazer referência a, referir-se a, fazer uma relação de.
RESUMIR - fazer exposição condensada e global do assunto, recapitular em poucas palavras.
TRANSCREVER - copiar textualmente.
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"À medida que" ou "à medida em que"?
Diz-se "à medida que" ou "à medida em que"?

Aqui, não se trata do "a" sem acento, como na frase "A medida que ele tomou é drástica". Não é esse o caso. O que estamos discutindo é a locução conjuntiva "à medida que", a qual alguns preferem, erroneamente, substituir por "a medida em que". A forma correta é "à medida que".

Apenas um lembrete: "locução conjuntiva" é todo grupo de palavras que relaciona duas ou mais orações ou dois ou mais termos de natureza semelhante.
À proporção que chovia...
"À medida que" significa o mesmo que "à proporção que".
À medida que o mês corre, o bolso esvazia.
Trata-se de uma locução conjuntiva com valor de proporção, introduzindo orações subordinadas adverbiais de proporção.
Há ainda a locução "na medida em que", que vem sendo usada na imprensa e em muitos textos com valor causal.
O governo não conseguiu resolver o problema
na medida em que não enfrentou suas verdadeiras causas.
Ou seja,
O governo não conseguiu resolver o problema
porque não enfrentou suas verdadeiras causas.
Alguns condenam o uso de "na medida em que" argumentando que não há registro histórico dessa forma na língua. Mas o fato é que essa construção já se tornou rotina, mesmo entre excelentes escritores.
O que não é aceitável sob hipótese alguma é escrever "à medida em que".